Seis paraísos secretos em Paraty

O município de Paraty, no estado do Rio de Janeiro, é conhecido pelas belezas naturais e atrai visitantes de várias partes do país o ano todo. Na baixa temporada, muitos buscam eventos já tradicionais na cidade como a Festa do Divino, em junho, a Feira Literária (FLIP), entre junho e julho, e o Festival da Cachaça, em agosto.

Seja no verão ou no inverno, a região tem seus encantos e a arquitetura e história enraizada na cidade são espetáculos à parte em qualquer época. O Centro Histórico é formado por casarões coloniais preservados, igrejas dos séculos XVIII e XIX e ruas calçadas em pedras pés-de-moleque onde o tráfego de automóveis é proibido. A característica peculiar é da época em que a região era sede do mais importante porto exportador de ouro do Brasil.

O pessoal do Alugue Temporada separou cinco paraísos secretos na cidade, onde existem casas incríveis para alugar e ter acesso a todo esse patrimônio cultural e ainda se dar alguns dias de descanso. As opções são diversas tanto para quem só quer passear um dia por praias mais desertas e voltar para os braços da infra do centro de Paraty, quanto para quem quer estar no conforto de uma mansão em um ponto isolado que só se chega de barco.

Pouso da Cajaíba

Dos paraísos escondidos, Pouso da Cajaíba é um dos mais fáceis de chegar. No porto de Paraty há vários barcos disponíveis para fazer esse passeio, a maioria de pescadores e moradores da região. Uma dica: pegue o mapa de toda Reserva Ecológica da Joatinga, onde fica Pouso, no próprio cais. A região é o ponto de partida para trilhas que chegam a Martim de Sá e Sumaca. Além de aproveitar a natureza, o forró que acontece na maioria dos bares na alta temporada é imperdível.

Praia Grande da Cajaíba

A Praia Grande da Cajaíba fica do lado direito do Pouso de mesmo nome. Na região o viajante pode aproveitar a lagoa, cachoeira e rios, todos próximos da praia e que são ideais para um dia inteiro de passeio. Os quiosques próximos ao mar também são imperdíveis, ficam bem movimentados durante o fim de semana. Uma outra dica é  comer o pastel de arraia da Dona Dica, uma das atrações do local. Para chegar na praia o caminho também é por água, pegando o barco no porto de Paraty.

Martim de Sá

Para passar um dia em Martim de Sá, é possível chegar de duas formas: ou fazendo uma trilha, saindo de Pouso da Cajaíba (vale alertar que o caminho é aconselhável apenas para os mais aventureiros já que a trilha é bem íngreme) ou pegando um barco do cais, com preço das passagens variando entre R$ 40 e R$ 60. A viagem é cheia de adrenalina, já que o passeio é em mar aberto. Porém com muito vento ou chuvas fortes os barcos não conseguem fazer o percurso.

Chegando lá, um paraíso sem luz elétrica espera o viajante. Não deixe de conhecer o Seu Maneco, figura conhecida do local e famoso por preocupar-se com a preservação da praia onde sua família já vive há quatro gerações. Ele costuma dar as boas-vindas e contar histórias da região. A praia, mesmo no inverno, fica repleta de todos os tipos de tribos: os que gostam de surfar, os praticantes de slackline, até os jogadores de futevôlei e frescobol têm espaço. Se animar outra trilha, é possível chegar a um poção de água doce e uma cachoeira partindo do canto direito da praia. Essa é rápida, dura 30 minutos e sem grandes dificuldades. Para os que pretendem ficar até tarde, nas noites mais frias é armada uma fogueira com música até o sol nascer. Outro atrativo do local são os plânctons, organismos marinhos que em alguns períodos do ano deixam o mar cheio de pontos brilhosos à noite. Depois disso tudo a volta para Paraty vai ser de alma lavada.

Sumaca

Ainda mais selvagem do que Martim de Sá é a Sumaca. A região tem apenas uma casa, onde vive Seu Manequinho. Surpreendentemente ele não é parente do Seu Maneco de Martim de Sá, mas é tão famoso quanto. Um bar e uma praia maravilhosa são o que a região tem para oferecer. É possível fazer uma trilha de pouco mais de uma hora para chegar em Sumaca, partindo tanto de Pouso quanto de Martim. Por lá todos conhecem o caminho. Outra opção para quem dispensa muito esforço é fazer a viagem de barco. Em Sumaca vale admirar a vista e a aproveitar os petiscos do bar.

Praia do sono

A Praia do Sono tem areias claras, bem finas e ondas grandes que atraem surfistas durante o ano todo. Em feriadões, como Réveillon e Semana Santa, a praia fica lotada de jovens. O violão está presente em quase todas as rodas, a maioria tocando hits de reggae e MPB. A praia não tem luz elétrica. Sinal de celular, então, nem pensar!  Você ainda pode curtir várias piscinas naturais formadas pelo córrego da Jamanta. Basta encarar uma trilha bem curtinha, de 20 minutos, que começa ao lado da igrejinha localizada no meio da praia. Para chegar à Praia do Sono, opção é o que não falta: você pode ir de carro, pegar vans que saem do centro de Paraty ou barcos no porto. Outra alternativa é fazer uma trilha que dura cerca de 1h30 partindo da Vila do Oratório, próximo ao Condomínio Laranjeiras.

Saco do Mamanguá

De Paraty, a viagem de barco leva cerca de 2 horas. De Paraty-mirim o trajeto é bem menor, apenas 15 minutos. Não importa a forma, ir para Saco de Mamanguá vale a pena. Os barqueiros costumam cobrar entre R$100 e R$150 pela travessia, e as águas cristalinas durante todo o percurso compensam.

Ao chegar, são 33 praias e é o único fiorde brasileiro, entrada de mar cercada por altas montanhas rochosas. Dentre as atividades possíveis de se fazer durante a estadia estão às marítimas como caiaque, stand up paddle, natação, pesca e passeios de barco. Entre os passeios, destaque para o que vai até o final do Saco do Mamanguá, na área de mangue, e que passa principalmente por Cruzeiro e Praia Grande. Em se tratando de montanhismo, a atração favorita é o Pão de Açúcar, com entrada pela Praia do Cruzeiro. A trilha dura cerca de 1h30 e a parte final é bastante íngreme, mas viável para pessoas de todas as idades. Chegando no topo da subida, o viajante depara-se com uma vista estonteante de toda a Baía de Paraty.