Que tal imaginar o futuro e visitar vários cantos do mundo em um só dia? Conheça o Epcot!

Talvez o mais adulto dos parques do complexo da Disney, Epcot foi o segundo construído no Walt Disney World (sua inauguração foi em 1º de outubro de 1982). Dividido basicamente em duas partes – Future World e World Showcase – é de fácil visitação e tem os atrativos baseados em tecnologias do futuro e nas nações do mundo.

Aliás, a inovação tecnológica fica marcada antes mesmo da entrada quando é possível ver o monorail que o liga até o Magic Kingdom. Outra imagem marcante de Epcot é a enorme bola prateada que fica na sua entrada, símbolo do parque, que é uma das suas principais atrações. A Spaceship Earth é uma atração simples, mas imperdível, que traduz bem essa parte futurista do parque. É exatamente nessa parte inicial do parque, o Future World, que acredito estão os brinquedos mais interessantes de Epcot. Destaque para o Mission Space (simulador de uma viagem a marte que tem inclusive filas separadas para uma experiência mais radical ou mais leve), Test Track (onde você irá experimentar alguns testes feitos com os carros, incluindo o de aceleração que é a melhor parte desse brinquedo) e o Soarin (simulador gigante de uma viagem de asa delta por paisagens dos Estados Unidos)

Esses são as quatro atrações dessa parte do parque que considero imperdíveis (vale inclusive ficar atento para tentar reservar horário através do fast pass). Mas, ainda no “mundo do futuro” existem outras atrações que merecerem destaque: Captain EO (clássico musical em 3D estrelado por Michael Jackson), Journey into Imagination with Figment (imperdível para quem está com crianças) e The Seas with Nemo & Friends (outra dica boa para quem está com crianças). De resto, se estiver com tempo pode se divertir com essa parte futurista.

Mas lembre-se de reservar um bom tempo para o World Showcase, uma série de pavilhões de países diferentes ao redor de um enorme lago (uma dica é deixar essa parte mais para o final do dia, já que no lago acontece o show de encerramento do parque – IllumiNations: Reflections of Earth).

Essa parte de Epcot é basicamente adulta, embora as crianças possam se divertir nas atrações de cada país. Um exemplo é o Pavilhão Mexicano, onde além de degustar comidas e bebidas típicas do país, e comprar objetos característicos, é possível fazer um passeio de barco vendo monumentos mexicanos “acompanhado” pelo Pato Donald, Panchito e o Zé Carioca (como o Brasil não tem pavilhão, o papagaio acaba sendo a nossa única representação por lá). Aliás, Epcot é certamente o parque da Disney onde se come melhor, muito graças aos pavilhões que tem restaurantes típicos de cada país. Eu escolhi o Biergarten Restaurant – buffet alemão, mas é possível experimentar as mais diversas culinárias nessa parte do parque.

Alguns pavilhões merecem destaque maior, por suas atrações, mas em todos será possível experimentar a culinária local, comprar produtos típicos, ver show com atrações típicas e passear por cenários que remetem aquele país. Os que tem atrações interessantes são, além do México, China e Canadá (ambos com um cinema 360 graus onde se visita o país), França (com cinema sobre as características do país) e Estados Unidos (show teatral com bonecos animados de figuras americanas importantes contando eventos da história do país).

Curiosidade: Apesar do Magic Kingdom ser o parque mais famoso da Walt Disney World, Epcot deveria ter sido a primeira parte construída. O que fez Epcot ficar em segundo plano foi que Walt Disney não conseguiu fundos para concretizar a ideia original para essa parte do seu complexo e acabou concordando em primeiro criar o Magic Kingdom. Inicialmente EPCOT seria  uma comunidade futurista, casa de 12 mil residentes, e serviria de modelo para uma cidade planejada.

Com a morte de Walt Disney, cinco anos antes da inauguração do Magic Kigndon, essa ideia foi abandonada. Mesmo assim, as características de mostrar novas ideias e tecnologias, serviu como base para a criação do parque. Embora outros responsáveis pela construção preferissem que Epcot fosse uma espécie de modelo de feira internacional. Foi justamente dessa fusão de ideias que surgiu a principal característica do parque, claramente dividido em duas partes, e que por isso ocupa o dobro de tamanho do Magic Kingdom.

Mas a ideia original de EPCOT (que significa Comunidade Protótipo Experimental do Amanhã), mesmo não sendo mantida, acabou sendo fundamental para propor ao estado da Flórida o mecanismo legislativo que permitiria aos proprietários de terras do distrito poderes governamentais sobre a região. Como a ideia inicial nunca saiu do papel, e a a Disney Corporation permaneceu como único proprietário das terras, isso garantiu a empresa o controle de toda aquela região.