Cracóvia: sede da Jornada Mundial da Juventude

A Polônia é um destino que o Maior Viagem ainda não conhece, mas que tem muito interesse em conhecer. A pouco menos de um mês, as atenções de milhares de pessoas se voltarão para a Cracóvia, cidade de 755 mil habitantes, que na última semana de julho, entre os dias 25 e 31, sediará a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2016. O Skyscanner realizou um levantamento para saber qual a média de gastos para viagem e o que visitar na cidade.

Segunda maior cidade da Polônia, a Cracóvia foi capital do país por mais de 5 séculos, o que justifica seu complexo de monumentos históricos – o mais rico do território polonês –, e, consequentemente, a popularidade do destino entre viajantes. Com uma história tão rica e dona de tantos atrativos, chama atenção mesmo quem não for muito religioso, tendo motivos de sobra para incluí-la numa viagem pela Polônia. No centro histórico, o destaque é a icônica Praça Central, principal cartão-postal da cidade, e os prédios que a circundam: a Basílica de Santa Maria, a Torre da Prefeitura e o Mercado.

Mais ao sul, às margens do rio Vistula, está o Complexo Wawel, que, entre os séculos XIV e XVI, foi um dos mais importantes centros políticos e culturais da cidade. Os destaques desse complexo são a Catedral, onde era realizada a coroação de monarcas poloneses, e o Castelo, que tem diferentes atrações, como os quartos e o salão com o trono do rei, e uma exposição de tesouros e decorações da realeza.

A JMJ é um evento, criado pelo papa João Paulo II, em 1985, com objetivo promover a fé católica, especialmente entre os jovens. Ao longo de seis dias, os participantes da Jornada Mundial da Juventude se reunirão tanto em eventos culturais, como shows, oficinas e atividades esportivas, quanto em eventos religiosos, que incluem missas, catequeses, vigília e procissão.

Poucas cidades no mundo têm uma relação tão forte com a Igreja Católica quanto Cracóvia: foi aqui, em 1946, que o jovem Karol Wojtyla foi ordenado sacerdote para, anos mais tarde, se tornar o papa João Paulo II. Os católicos mais fervorosos certamente se interessarão em visitar os lugares relacionados ao único papa polonês da história, como o Museu da Arquidiocese de Cracóvia e o Palácio Arcebispal de Cracóvia, duas de suas antigas residências na cidade.

Não dá para esquecer que, além do catolicismo, Cracóvia tem uma estreita ligação com outra religião, o judaísmo. O bairro de Kazimierz foi por quase 500 anos o centro da vida judaica da cidade, situação interrompida durante a Segunda Guerra Mundial. Para conhecer melhor essa herança é recomendada a visita à Sinagoga Isaac, violada durante a ocupação nazista e retomada à posse dos judeus somente em 1989, e à Velha Sinagoga, a mais antiga da Polônia e que hoje funciona como Museu Judaico.

Além disso, a cidade foi palco da história verídica do filme A Lista de Schindler, que narra os acontecimentos relacionados à Oskar Schindler, o alemão dono de uma fábrica que, ao empregar centenas de judeus durante o nazismo, salvou-os da morte. O cenário real onde tudo isso aconteceu, a Fábrica de Schindler, foi transformada em museu, em 2010, graças à fama do filme de Steven Spielberg.

Cracóvia é também o ponto de partida para passeios mais amenos, como a Mina de Sal Wieliczka, uma visita 378 degraus abaixo da terra (não muito recomendada para claustrofóbicos), onde o turista se depara com diversas esculturas feitas de sal. Outra opção é Parque Nacional Tatra, uma das melhores áreas verdes na Polônia para a prática de esportes de aventura, e onde está o ponto mais alto do país, o Rysy, com 2.499 m de altura.