Massada, Mar Morto e Parque de Ein Gedi: Day trip revela lugares de importância histórica

Israel é um país realmente fascinante e o que não falta são lugares interessantes para conhecer. Por isso, quando estiver visitando as principais cidades, como Jerusalém, reserve um tempo a mais para as chamadas day trips que te levarão a lugares históricos e fascinantes. Foi o que fizemos quando estivemos na cidade e um dos passeios que escolhemos fazer foi visitar Massada, o Mar Morto e o Parque de Ein Gedi, convidados pela Tourist Israel.

Existem diversos passeios para essa região e a própria Tourist Israel oferece outras opções, mas escolhemos o Massada Sunrise pois queríamos ter a experiência de ver o nascer do sol do alto da montanha, com um visual que prometia e foi realmente espetacular. Para fazer esse passeio é preciso disposição, primeiro porque saímos cedo de Jerusalém por conta do horário no nascer do sol, depois para fazer a trilha “rota da serpente” que é bastante cansativa, mas é o único meio de chegar ao topo a tempo do nascer do sol. Para visitar Massada existe a opção de pegar um bondinho, mas ele só abre às 08h e por isso quem optar, assim como nós, em ver o dia começar lá de cima terá mesmo que encarar a trilha que leva cerca de 45 minutos em uma subida bastante forte.

Apesar do cansaço por conta da trilha até o topo, ao chegar na Fortaleza de Massada e avistar os primeiros raios de sol tudo é recompensado. A vista do local é fascinante, e o nascer do sol deixa tudo ainda mais especial. Não se assuste ao encontrar grupos grande já lá em cima, é comum adolescentes acamparem no local sagrado para os Judeus e comemorar com orações e música o nascer de um novo dia. Isso deixa a experiência ainda mais fascinante. Mas diante de tanta beleza, já que o local reserva uma vista especial do deserto de um lado e do Mar Morto do outro, é preciso também contemplar a história do local, contada através das ruínas do que foi um refúgio para os Judeus durante um tempo.

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A história do local começa cerca do ano 30 a.C, quando o Rei Herodes construiu a Fortaleza. As características do local, de difícil acesso, fez com que ele instalasse ali um palácio (localizado na parte norte do complexo com vista para o desfiladeiro). Ao lado está uma grande casa de banho em estilo romano, mas outras instalações também merecem destaque: o mikveh (banho ritual judaico), armazém, torres de vigilância e a sinagoga. Apesar de ter ficado abandonado entre o século VI e a criação do Estado de Israel, após a II Guerra Mundial, o sítio arqueológico teve excelente restauração entre 1963 e 1965 e hoje é considerado um dos mais importantes do país.

Mas o principal fato histórico atribuído a Massada é o conhecido Cerco a Massada. Nos anos 70 d.C, depois do cerco a Jerusalém pelos romanos e da destruição do Segundo Templo, rebeldes Zelotas fugiram da capital israelense para Massada. Em 72 d.C, o governador romano da Judeia, Lúcio Flavio Silva, comandou o cerco ao local que culminou com a construção de uma grande rampa na face oeste do Platô e a batalha com tochas até derrubar a muralha que protegia o local. Porém, ao chegar ao topo da montanha os romanos encontraram uma cidade morta, já que os rebeldes haviam ateado fogo em todos os edifícios e cometeram suicido em massa para não serem capturados. Esse episódio é considerado especial seja pela resistência a opressão ou por um alerta contra o extremismo.

Depois de maravilhar com a exuberante beleza natural do local, emoldurada ainda com os raios de sol do amanhecer, partimos para Parque de Ein Gadi. É um oásis no oeste do Mar Morto conhecido por suas grutas, nascentes e diversidade de fauna e flora. Segundo a tradição judaica foi em uma dessas grutas que David escondeu-se de Saul. Passear por suas trilhas, observar suas cavernas, se refrescar nas cachoeiras é um passeio especial. Mas é impossível visitar o local sem se encantar com a flora e, principalmente, a fauna local. Destaque para os Hiracóides, que tem como fato curioso terem sido traduzidos como coelhos nas versões da Bíblia em inglês, e o Ibéx que passeia ao lado dos visitantes sem qualquer tipo de estranhamento.

Finalizamos nosso dia ainda com uma visita a um dos inúmeros Beach Clubs do Mar Morto. Mais agitados durante o verão e nos finais de semana, os locais são ótima opção de lazer. Como fomos em dia de semana e fora do verão tivemos um pouco mais de privacidade no local. Apesar do nome, trata-se de um enorme lago (aproximadamente 600 quilômetros quadrados) de água salgada. A maior curiosidade do local é o fato de boiar com facilidade em sua água, graças a grande quantidade de sal. Para se ter uma ideia o Mar Morto tem dez vezes mais sal do que os Oceanos.

O nome surge também por essa característica, já que nenhuma vida animal ou vegetal sobrevive a essa quantidade de sal. Outra característica importante do Mar Morto é que a cada ano sua superfície diminui de forma assustadora, o que leva a crer esse gigantesco lago um dia secará. Para se ter ideia, quando começou a ser monitorado, em 1930, a sua superfície era de aproximadamente 1.050 quilômetros quadrados. Uma visita ao local só está completa se você experimentar passar a lama do Mar Morto no seu corpo, já que suas propriedades rejuvenescedoras são famosas.

Relaxar no Mar Morto é a maneira perfeita de encerrar essa Day Trip que começou cedo e é desgastante por conta das trilhas em Massada e no Parque de Ein Gadi. Depois é hora de voltar a Jerusalém, onde ficamos hospedados no Waldorf Astoria Jerusalem, e curtir o fim de tarde e noite nessa cidade tão igualmente cheia de história.

Nossa viagem para Jerusalém foi feita em parceria com Mysimtravel, Hilton Hotels e Tourist Israel

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