Na rota de JK: Conhecendo o Memorial e o Catetinho

Brasília foi fundada durante o governo de Juscelino Kubitschek, por isso mesmo a ligação do político com a capital federal é enorme. Ao conhecer a cidade será possível perceber isso logo ao chegar ao Eixo Monumental (principal via da cidade), onde se encontra um memorial dedicado a JK. Mas existe também outro ponto de interesse ligado ao político mineiro: a casa onde ele ficava hospedado durante a construção da cidade. Fui conhecer esses dois lugares na minha última viagem a Brasília e conto um pouco do que você pode encontrar por lá.

O mais famoso de tour é mesmo o Memorial JK. Estava hospedado no Windsor Brasília Hotel que fica bem próximo aos principais pontos turísticos da cidade, inclusive o Memorial, por isso comecei esse passeio por lá. O valor da entrada é R$ 10,00 (meia-entrada para estudantes e idosos) e dá acesso a todo o prédio que é dividido em dois andares – visita de terça a domingo, de 09h às 18h. No primeiro andar estão fotos e objetos pessoas do casal Kubitscheck dispostos no corredor de acesso, convidando o visitante a conhecer um pouco mais da história do ex-presidente e da ex-primeira dama. Existe também uma lojinha e um café (para mim o único ponto negativo da visita porque é bem fraco de opções) e telas interativas que contam um pouco sobre a construção de Brasília e o história de Juscelino, antes, durante e depois de ocupar o cargo mais importante do país. A interatividade do museu é muito boa e serve para conhecer um pouco mais da importância do homenageado.

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Ainda nesse primeiro andar estão o Gabinete de Dona Sarah, de onde ela comandava a fundação que criou em memória de seu marido, e a lindíssima biblioteca particular de Juscelino, com livros e objetos de interesse histórico. Os dois ambientes têm ao fundo um jardim de Burle Max com entrada de luz solar (o primeiro andar fica no subsolo do local). Há ainda a “Sala de Metas” onde se aprende mais sobre a construção de Brasília e o lema do presidente: 50 anos em 5.

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Subindo ao segundo andar o ambiente claro abre espaço para um local mais escuro de contemplação e visita mais solene. Bem ao centro está a Câmara Mortuária, onde estão os restos mortais de Juscelino Kubitschek, projetada por Athos Bulcão em parceria com Oscar Niemeyer – arquiteto responsável pelo projeto do prédio que abriga o Memorial. Ao redor o museu intercala peças expostas – roupas, objetos pessoais, presentes, condecorações, etc – com novas telas interativas. Há ainda um documentário passando em um telão sobre a figura de JK.

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Do lado de fora é possível apreciar o belo prédio inaugurado em 1981, que causou polêmica ao ser construído já que muitos consideravam que fazia referência a um dos símbolos do comunismo: foice e martelo). É exatamente nessa torre polêmica que está a figura do ex-presidente imortalizada em uma estátua. Outro ponto, logo em frente, é o banco onde estátuas do casal JK são fotografadas por muitos visitantes.

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Já a outra parte desse tour é para quem está com bastante tempo na cidade, ou já conheceu boa parte do que ela oferece como atrativo. O Catetinho, residência oficial de JK durante a construção de Brasília, fica longe do centro da cidade e não é facilmente acessado por transporte público (recomendo apenas quem estiver de carro). Apesar da entrada ser franca, a localização – às margens da BR 070, próximo ao Núcleo Bandeirante – acaba desencorajando muitos de visitar o local (aberto de terça a domingo, 09h às 17h).

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Planejada para que o presidente não se distanciasse dos trabalhadores, a residência não tem conforto ou honrarias oficias. Com nome dado em referência a residência oficial na presidência no Rio de Janeiro (Palácio do Catete), o local mostra o ambiente exatamente como funcionava na época que abrigou JK. A mobília e objetos pessoais são interessantes, mas a falta de um guia explicando ou de informações interativas, aliada a distância do local, não tornam um passeio atraente. Vale apenas para quem já conheceu outros pontos de Brasília, que certamente serão melhor aproveitados.

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