Visitando o Monte Bental, nas Colinas de Golã

Geograficamente falando, as Colinas de Golã são um planalto com suas fronteiras definidas pelo Rio Yarmouk ao sul, o Mar da Galileia e o Vale de Hula a oeste, o Monte Hermón ao norte e o Uádi Raqqad no leste. Mas o que hoje é comumente associado a esse nome são os dois terços ocidentais da região que foram conquistados por Israel da Síria durante a Guerra dos Seis Dias. Apesar da área ser internacionalmente reconhecida como território Sírio, desde 1967 está sob comando do governo israelense. Essa evidente tensão na disputa pela demarcação da fronteira entre os países tornou o local em uma zona militarizada, mas os relatos de problemas têm sido infrequentes e por isso mesmo a região voltou a ter importância turística.

A região é famosa pela produção de vinhos e as vinícolas e restaurantes são os grandes atrativos. Mas a curiosidade sobre a história da guerra e a impressionante vista da região como um todo incluindo a Síria fazem do Monte Bental uma das atrações para quem visita a região. Fomos guiados pelo gps através da conexão do Mysimtravel, o que facilitou muito nosso acesso de carro até o local. Mas prepare o casaco, é muito alto e se você for (como nós) no fim da tarde os fortes ventos deixarão a sensação térmica ainda pior.

A visita ao local é gratuita e além de apreciar a vista é possível visitar os bunkers que foram usados pelo exército de Israel durante a Guerra. Uma experiência diferente para quem nunca vivenciou de perto algo parecido. Mas não só da parte ligada a guerra vive o local, que oferece uma vista linda da região, um café (Coffe Anan, uma evidente referência ao líder da ONU), interessantes estátuas feitas pelo artista holandês Joop de Jong com ferragens que sobraram da época da guerra, uma curiosa placa de sinalização para outros países e até mesmo um binóculo de guerra que hoje permite ver a fronteira dos dois países com mais detalhes.

Andar pelas trincheiras e principalmente entrar nos bunkers foi algo bem inusitado. Embora as instalações estejam praticamente vazias, é interessante perceber a engenharia por trás de uma instalação militar e ao mesmo tempo imaginar o quão tenso devia ser servir ao exército por ali. Tudo muito apertado, pouca iluminação e uma sensação de estar em um buraco. É interessante perceber também a ligação entre as partes e imaginar (com facilidade) a importância de cada uma delas no sistema de defesa.

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Hoje a parte Síria da região é uma zona desmilitarizada, sob administração das Nações Unidas. Mesmo na parte israelense não há qualquer indicação de tensão. Por isso me senti completamente seguro para visitar o local. Mesmo com a atual crise causada pela Guerra Civil na Síria, essa região não costuma ser utilizada por refugiados o que mantém a tranquilidade. O passeio é interessante, diferente da maioria das atrações que visitei em Israel e deve ser conjugado com a visita a outras partes da Região da Galileia e também com as vinícolas locais.