Conhecendo o Monte das Oliveiras em Jerusalém

Atrás dos muros da antiga cidade de Jerusalém está um dos lugares mais interessantes de se conhecer no destino. O Monte das Oliveiras é sagrado para cristãos, judeus e muçulmanos; tem uma vista espetacular da cidade murada e ainda concentra algumas das principais atrações da cidade. Por isso mesmo um passeio pelo monte é programa obrigatório quando se visita a capital de Israel.

Para os cristãos o Monte das Oliveiras tem importância já que vários momentos chaves da vida de Jesus aconteceram ali, inclusive sendo o local de onde Jesus subiu ao céu. Para os judeus uma série de eventos relatados no antigo testamento também tornam esse local especial, como a fulga de Davi de Absalão. É no Monte das Oliveiras também que judeus se reúnem desde a destruição do Segundo Templo para lamentar o fato, já que do alto do monte se tem uma vista privilegiada do Monte Zion.

Apesar de próximo a cidade murada, suas ladeiras íngremes podem ser um dificultador para alguns visitantes. Por isso, a dica é pegar um transporte até o topo do Monte das Oliveiras e começar o passeio por lá, depois ir descendo e visitando os outros pontos de interesse. Mas é preciso ficar atento aos horários de algumas das atrações e em alguns casos vale até fazer o monte em dias separados para, por exemplo, poder apreciar a vista do alto com o dia claro e no entardecer. Mas seja qual for o horário que você visitar o Monte das Oliveiras, não deixe de ir no mirante localizado no seu topo e apreciar a cidade de Jerusalém de uma das melhores vistas que podemos ter por lá.

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Desde os tempos bíblicos até hoje os judeus são enterrados no Monte das Oliveiras. Na época dos reis bíblicos esse era o local do enterro dos cidadãos mais importantes de Jerusalém. Por isso, o Cemitério Judeu é o mais antigo do mundo, com mais de 150 mil sepulturas. Importantes figuras encontram-se sepultadas aqui, como Eliezer Ben-Yehuda, pai do hebraico moderno, S.Y. Agnon, vencedor do Nobel da Literatura, e o primeiro-ministro Menachem Begin e sua esposa Aliza.

Um dos pontos mais polêmicos do Monte das Oliveiras é o Túmulo de Maria. Embora o local mais conhecido onde Maria teria sido enterrada fique na Turquia, alguns estudiosos afirmam que a morte da mãe de Jesus aconteceu de fato em Jerusalém, no Vale do Kidron, ao pé do Monte das Oliveiras (em um post anterior já falei da Igreja da Dormição, onde Maria teria morrido). Para esses estudiosos, o local exato onde ela teria sido sepultada seria mesmo em Jerusalém.

Logo ao lado está a Basílica da Agonia, também conhecida como Igreja de Todas as Nações. Em seu interior uma pedra marca o exato local onde Jesus teria rezado antes de sua prisão. A atual igreja foi construída entre 1919 e 1924, sobre a fundação de duas antigas igrejas – uma pequena capela do século XII e uma basílica bizantina do século IV destruída por um terremoto, usando fundos doados por diversos países. Os brasões de cada país doador, incluindo o Brasil, foram incorporados ao vidro do teto. Bem ao lado está o Jardim de Getsemani onde, segundo Lucas, a agonia de Jesus foi tão grande que o suor tornou-se gotas de sangue ao cair sobre a terra. Por isso, esse local acabou se tornando um ponto focal para os primeiros peregrinos cristãos.

Para finalizar, a lindíssima Igreja Russa de Santa Maria Madalena, que se destaca pela sua cúpula em formato diferente. Foi construída em 1886 a mando do czar do antigo Império Russo Alexandre II em homenagem a sua mãe. As sete cúpulas douradas contrastam com o tom barroso de toda a região ao seu redor. Esse é o ponto mais difícil de ser visitado, já que abre apenas as terças e quinta em horários restritos para visitação.

Nossa viagem para Jerusalém teve o apoio de Waldorf Astoria Jerusalem, Hilton Hotels, Travel Hunter e Mysimtravel

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