Conhecendo o Muro das Lamentações e Domo da Rocha

É sabido da importância do Muro das Lamentações e do Domo da Rocha, mas talvez nenhum outro lugar em Israel exponha de modo tão forte o fato da cidade ser santa para diferentes religiões. Em um mesmo espaço, bem no centro da capital israelense, estão dois lugares sagrados para judeus e muçulmanos. Chega a ser difícil entender um pouco a logística desse espaço, principalmente do que diz respeito ao acesso, mas para qualquer visitante são duas paradas obrigatórias ao visitar a cidade.

Primeiro é preciso entender que geograficamente as duas atrações se complementam, já que o Muro das Lamentações (ou Muro Ocidental) envolve o Monte Moriá, onde está o Domo da Rocha. Mas, apesar disso, o acesso aos dois é independente e segue regras restritas a cada um, dominado por uma das religiões. Enquanto o Muro das Lamentações é o local mais sagrado dos judeus em Jerusalém, o Domo da Rocha pertence aos muçulmanos. É preciso ficar atento aos horários e restrições das visitações, principalmente do Domo que é bem mais restrito. Por isso, é importante programar bem a sua visita a Jerusalém para poder não perder nenhuma das duas atrações.

Para entender melhor a importância desse local para as duas religiões é preciso falar da história do Monte Moriá, cercado pelo Muro e onde no topo está o Domo. A criação do mundo teria começado a partir da Pedra da Fundação do Pico da Montanha. Este também seria o local onde Adão, o primeiro homem, foi criado. Seria nessa pedra também que Abraão levou seu filho Isaac para o sacrifício. Há também ligação do local ao sonho de Jacó, de anjos subindo e descendo uma escada), e esse seria o ponto de partida da Al Miraaj (viagem aos céus realizada pelo profeta Maomé).

Foi nesse monte que no século X a.C foi construído o Templo de Salomão, ou Primeiro Templo, para abrigar a Arca da Aliança de Moisés. Ele foi destruído pelos Babilónios em 586 a.C. Já o Segundo Templo foi construído por Esdras e Neemias, durante o Exílio da Babilônia – quando os judeus puderam retornar a Terra Santa. Em 70 d.C ele foi destruído por Tito, em uma demonstração de força do Império Romano diante da grande revolta judaica. Do Segundo Templo restou apenas um pedaço do Muro para que os judeus lembrassem da sua derrota para Roma. Contudo, segundo os hebreus, este muro permaneceu de pé graças a uma promessa de Deus.

O nome Muro das Lamentações surge pelo fato de uma vez por ano, durante a era bizantina, os hebreus eram autorizados a visitar as ruínas do Templo, quando eles então lamentavam a sua destruição. Até hoje é um local importante para os judeus, que tradicionalmente celebram ali inclusive o início do Shabat (dia de descanso semanal do judaísmo que vai do pôr-do-sol de sexta até o aparecimento das primeiras estrelas na noite de sábado). A visita é tranquila, embora seja preciso passar por detectores de metais para chegar até o muro. Mulheres e homens rezam em espaços distintos e essa tradição precisa ser mantida inclusive pelos turistas. Outra tradição comum é deixar um bilhete entre as pedras do Muro das Lamentações com um pedido a Deus. Apesar de ser algo da religião judaica, visitantes (inclusive eu) também costuma fazer os seus pedidos.

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Já a visita ao Domo da Rocha é mais complicada, principalmente pela restrição de horário. O acesso se dá apenas por uma passarela que sai próxima ao Dung Gate. As filas são grandes e aconselho chegar cedo para conseguir entrar, já que no horário determinado fecham o acesso não importando se você estava já na fila. Os horários são 07h30 – 10h30 e 12h30 – 13h30 (inverno) e 08h30 – 11h30 e 13h30 e 14h30 (verão), menos nas sextas e sábados que fica fechado o dia todo. Fique atendo que no horário do fechamento eles te expulsam do local, mesmo com você lá dentro. Por isso é importante acessar com tempo tranquilo para rodar o local. Lembrado que apenas Muçulmanos podem entra no interior do templo, restando aos outros visitantes apenas conhecer os jardins e arredores.

O nome surgiu pela grande rocha que era utilizada nos sacrifícios, hoje protegida pela Mesquita de Omar. O plano octogonal e a cúpula de madeira, orginalmente coberta com chumbo e ouro, são desenhos bizantinos. As telhas persas e as lajes de mármores foram adicionadas em 1561. É o mais antigo monumento islâmico e está constantemente relacionada a disputa entre palestinos e israelenses.

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A imponência da cúpula dourada do Domo da Rocha, em destaque ao meio da cor de terra que predomina na cidade murada de Jerusalém, e o gigantismo e importância do Muro das Lamentações fazem desses dois lugares marcas importantes da capital israelense. Parada obrigatória na sua viagem para lá, tanto que consta no roteiro personalizado da cidade que ganhamos da Travel Hunter. Chegar aos dois pontos é fácil já que estão bem na região onde estão as principais atrações da cidade, nós fomos a pé do nosso hotel Waldorf Astoria Jerusalem da rede Hilton Hotels, que fica bem próximo ao Jaffa Gate. Nós contamos ainda com o apoio da Mysimtravel, que nos ajudou no deslocamento pelas ruas estreitas da cidade murada ao nos manter sempre conectados.

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