Nova trilha no Jardim Botânico do Rio apresenta patrimônio local

Foi inaugurada ontem a nova trilha do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A Trilha do Patrimônio do JBRJ apresenta os principais monumentos e cinco sítios arqueológicos que contam a história bicentenária da instituição.

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No mesmo dia foi inaugurada uma exposição sobre a Trilha que representa um marco para a promoção da importância histórico-cultural do local. O lançamento fez parte do 27º Congresso Mundial de Arquitetos (UIA-RIO 2021). Promovido pela União Internacional de Arquitetos (UIA) desde 1948, o congresso ocorre pela primeira vez no Brasil e é o maior evento mundial da arquitetura e urbanismo do mundo.

A nova trilha do Jardim Botânico do Rio é composta por 11 pontos – 10 localizados no arboreto e um, o Solar da Imperatriz, no Horto -, que contribuíram para a formação do Jardim Botânico ao longo de 445 anos. O ponto de partida é o prédio mais antigo da Zona Sul do Rio, onde hoje funciona o Centro de Visitantes do JBRJ, construído em 1576, ou seja, 232 anos antes da data de fundação do Jardim, em 1808. Ali, originalmente era a sede do Engenho da Nossa Senhora da Conceição da Lagoa, que também abrangia os bairros da Lagoa Rodrigo de Freitas, Jardim Botânico, Ipanema, Leblon, Gávea e parte de Copacabana, além do atual Parque Nacional da Tijuca. Na sede, morava Rodrigo de Freitas, o dono do engenho.

A Trilha do Patrimônio passa ainda, entre outros, pelo Museu Sítio Arqueológico Casa dos Pilões – foi uma das unidades de produção da Real Fábrica de Pólvora, criada por D. João em 1808 –, o Aqueduto da Levada, construído em 1853 com o objetivo de transportar água do Rio dos Macacos ao Jardim Botânico, e também pelo portal da antiga Academia de Belas Artes. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o portal fazia parte da Escola Real de Belas Artes, criada por D. João. A edificação foi projetada por Grandjean de Montigny, arquiteto francês que veio para o Rio de Janeiro em 1816, integrando a missão francesa formada por artistas e artesãos, com objetivo de promover o desenvolvimento do reino por intermédio das artes e estudos das ciências.

O último ponto da Trilha é o Solar da Imperatriz. Localizado no Horto, o Solar da Imperatriz é um raro exemplar da arquitetura rural no Rio de Janeiro, construído entre os séculos 18 e 19 como sede da Fazenda do Macaco. Em 1829, teria sido presente de D. Pedro I para sua esposa D. Maria Amélia e desde então teve diversos usos. Foi sede do Asilo Agrícola para órfãos aprenderem técnicas de plantio, e, a partir de 1925, sediou o Serviço Florestal do Brasil. Do início dos anos 70 até 1989, abrigou parte da extinta Fundação Pró-Memória e cursos da Fundação Getúlio Vargas.

O Jardim Botânico, instituto de pesquisas referência nacional para o estudo e conservação da flora e importante ponto turístico do Rio de Janeiro, recebe mais de 500 mil visitantes anualmente.