O que fazer na Pampulha

Apesar de mais afastada do centro de Belo Horizonte, a região da Pampulha é um dos principais pontos turísticos da capital mineira. Aproveitando que ficamos hospedados no Ibis Styles BH Pampulha, aproveitamos para passar o dia percorrendo essa região e resumimos aqui um pouco do que aprendemos sobre o local e o que fazer na Pampulha (se for se hospedar em Belo Horizonte faça a reserva pela caixa do Booking.com na aba lateral e ajude a manter o Maior Viagem sempre atualizado com novidades de viagem).

Com o crescimento da capital mineira, e com o desejo de continuar expandindo a cidade de forma organizada, Juscelino Kubitscheck encomendou a seu amigo Oscar Niemeyer que projetasse o Complexo Arquitetônico da Pampulha, para desenvolver áreas mais afastadas do centro da cidade de forma organizada. Foi então que entre 1942 e 1944, Niemeyer, Burle Marx e Cândido Portinari se uniram para criar quatro obras primas que continuam sendo grande destaque em Belo Horizonte.

A mais famosa e visita de todas é a Igrejinha de São Francisco de Assis, também conhecida como Igrejinha da Pampulha. Apesar de ser o último prédio inaugurado dentro do projeto ao redor do Lago da Pampulha (1943), é considerado o grande símbolo da capital mineira. Mas no início a obra de Oscar Niemeyer com painéis de Cândido Portinari enfrentou resistência da Igreja, que não permitiu por muitos anos a consagração da capela (a igreja permaneceu por quatorze anos proibida ao culto). Muita gente se encanta tanto com a área externa que esquece de conhecer o interior, igualmente simpático, essa verdadeira obra de engenharia e arte brasileira. O afresco externo é um dos pontos mais fotografados na Pampulha, mas o interior com quatorze painéis de Portinari que representam a Via Crúcis e o lindo painel do altar merecem a visita. Ao redor da igreja o paisagismo é assinado por Burle Marx.

igrejinha da pampulha

Outro ponto bem interessante, e o primeiro prédio entregue por Niemeyer, é o antigo Cassino, que hoje abriga o Museu de Arte da Pampulha. Desde sua inauguração o local se tornou o cenário da noite de Belo Horizonte, com apresentação de grandes artistas. Porém os tempos de glória duraram pouco, já que em 1946 o jogo foi proibido no Brasil. Somente em 1957 se tornou um museu que abriga em seu acervo obras de arte contemporânea brasileira. Uma visita ao interior vale pelas obras expostas e para imaginar como era o funcionamento do cassino. A área externa tem um belíssimo jardim assinado por Burle Marx, decorado com lindas esculturas.

museu de arte da pampulha

Há ainda a Casa do Baile, que fica numa ilha ligada à orla por uma ponte. Entregue em 1943 para ser um espaço de lazer e entretenimento, tornou-se palco de atividades musicais e exposições. Na década de 40 era onde a alta sociedade local se encontrava para grandes festas. Mas com o fechamento do cassino, esse loca, também viveu anos de decadência até sua reabertura em 2002 como um centro de Urbanismo, Arquitetura e Design. Novamente a união da arquitetura de Oscar Niemeyer com o paisagismo de Burle Marx transformam o local em um ponto turístico imperdível.

casa do baile

Completando o complexo, o Iate Clube é o menos visitado. Por abrigar um clube o local não é aberto à visitação, o local acaba sendo o único dos prédios projetados por Niemeyer que não tem acesso ao turista. No início desse ano a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou a desapropriação do Iate Clube, como parte de candidatura do Conjunto Arquitetônico da Pampulha a Patrimônio Cultural da Humanidade, porém ainda não foi anunciado se com essa mudança será permitida a visitação ao local.

Além das quatro edificações que compõem o Complexo Arquitetônico, a Pampulha é também uma área de lazer para os mineiros. Além disso, a região abriga um parque de diversões, o Estádio do Mineirão, o Ginásio do Mineirinho e diversos restaurantes. Reserva um dia de sua viagem para visitar tudo que a região da Pampulha oferece.