Regras para transporte de animais em avião

Nem todo mundo se sente confortável em deixar seu cão ou gato de estimação para trás quando está indo viajar. Por isso, as companhias aéreas costumam oferecer o serviço do transporte de animais em voos junto com seus donos. Existem algumas regras para transporte de animais em avião para comuns a todas as companhias, mas é preciso ficar atento a detalhes que diferenciam cada uma dela e também as exigências do destino para onde você está levando seu pet. Consultamos as principais companhias aéreas que tem voos no Brasil para saber mais a respeito.

O transporte pode ser feito de duas formas: na cabine, junto ao dono, em caso de animais de pequeno porte (importante ressaltar que o peso do animal que pode ir na cabine varia conforme a companhia aérea) ou no porão de bagagem. Uma preocupação comum das pessoas são as condições desse porão que normalmente leva malas. Por isso vale lembrar que os animais serão acomodados no porão dianteiro que tem a mesma temperatura e pressurização da cabine. Comum a qualquer viagem é preciso estar sempre levando o comprovante de vacinação em dia (com a vacina aplicada a mais de 30 dias e menos de 1 ano) com o nome do laboratório produtor, o tipo de vacina e o número da partida/ampola utilizado e um atestado do veterinário afirmando que o animal de estimação está apto a realizar o voo. Se a viagem for para o exterior é preciso ainda o Certificado Veterinário Internacional (CVI), que tem validade de 60 dias.

Também é necessário que o animal seja acomodado em caixas de transporte adequadas. Existem dois tipos: o Kennel rígido ou o flexível, sendo que em ambos o espaço tem que ser suficiente para o animal dar a volta em torno de si de forma confortável. O fundo precisa ser impermeável, ser totalmente fechada (com ventilação adequada), com beiras arredondadas para não machucar o animal. Precisa ser trancada, mas de fácil abertura pelo exterior, e sem permitir que nenhuma parte do animal fique para fora da caixa.

Para algumas companhias aéreas não é preciso sedar o animal para a viagem, sendo que em alguns casos o transporte de animal sedado é proibido. A Latam, por exemplo, informa que não faz esse tipo de transporte, bem como de animais em estado de gravidez ou que tenham tido trabalho de parto nas últimas 48 horas. Já a Iberia afirmou que alguns veterinários indicam que os animais sejam levemente sedados para que não fiquem nervosos durante o voo.

Em caso de optar pelo transporte na cabine é importante solicitar com antecedência o serviço uma vez que existe limite máximo por passageiro (normalmente um animal) e por voo. Nas companhias aéreas brasileiras esse limite costuma ser de três animais na cabine, sendo que apenas a Gol Linhas Aéreas aceita quatro. Por questão de segurança, o viajante acompanhado de seu pet não poderá viajar na saída de emergência já que o kennel deve ser acomodado embaixo da poltrona. O peso permitido e as dimensões do kennel para viagens na cabine também varia conforme a companhia aérea, lembrando que o limite de peso leva em consideração a soma do animal mais o kennel. Por isso é preciso consultar a sua companhia antes de pensar em transportar o seu animalzinho na cabine.

Para voos domésticos as quatro maiores companhias aéreas brasileiras – Gol, Latam, Avianca e Azul – permitem o transporte na cabine. Porém apenas a GOL e a Latam permitem o mesmo em voos internacionais. Entre as companhias aéreas internacionais A Iberia e Lufthansa também permitem o transporte na cabine. A KLM permite o transporte na cabine na maioria dos seus voos, assim como a Air France. Já a United permite transporte na cabine em todos os seus voos dentro dos Estados Unidos e em apenas em alguns voos internacionais (uma curiosidade é que a United permite também a viagem de pássaros, menos cacatuas, na cabine). A South African Airlines faz o transporte apenas no compartilhamento de carga, exceto no caso de cães-guia que podem ir na cabine. A Emirates também só faz o transporte no compartilhamento de carga, com exceção de cão-guia e, acreditem, falcões em voos entre Dubai e alguns destinos do Paquistão.

Além das regras das companhias aéreas, é preciso ficar atento as regras do destino para receber os animais. No Brasil, por exemplo, se o destino for Fernando de Noronha é preciso é necessária a autorização de entrada de animais na ilha, expedida pela Secretaria de Meio Ambiente e Turismo de Fernando de Noronha. Alguns destinos internacionais como Irlanda, Suécia, Reino Unido e Malta exigem condições sanitárias adicionais e Austrália, Havaí ou Micronésia, por exemplo, não permitem animais a bordo de voos com partida, chegada ou até mesmo que passem por lá.

O custo para levar o animal de estimação também é variante, levando em consideração se o transporte será feito na cabine ou no compartimento de carga, o tamanho e peso do animal, além do destino da viagem. Porém, vale lembrar que em caso de cão-guia o transporte é gratuito e pode ser feito na cabine em todos os casos.

O aconselhável é sempre entrar em contato de forma prévia com a companhia aérea para evitar surpresas ou problemas na hora de embarcar com o seu animal de estimação em um voo.