Um roteiro para seguir os passos da Independência

“Independência ou morte!”. Há 195 anos, Dom Pedro I bradava o grito que ficou marcado na história. Mas antes de se rebelar contra Portugal e marcar o dia 07 de setembro, o Princípe e sua tropa partiram do Rio de Janeiro para São Paulo. Com ajuda da ViajaNet, listamos os principais pontos de São Paulo, em um roteiro da Independência, que segue os passos do monarca.

A primeira parada é o Parque da Independência (foto de capa), afinal, foi na Colina do Ipiranga, às margens do riacho que leva o mesmo nome, que D. Pedro puxou a espada e determinou que o Brasil não seria mais uma colônia portuguesa. Composto por mais de 160 mil m², o local abriga uma grande área verde, além do Museu do Ipiranga e a Casa do Grito, capazes de aprofundar a visão do visitante sobre o fato patriótico com exposições e utensílios reais.

Alocado no mesmo parque, o Monumento da Independência não pode estar de fora dessa lista, já que indica o local exato do ocorrido. Também conhecido como Altar da Pátria, a escultura foi construída pelo artista Ettore Ximenes em parceria com o arquiteto Manfredo Manfredi em 1926.  A cripta acoplada à estátua guarda os restos mortais do próprio D. Pedro I, da Imperatriz Leopoldina e de D. Amélia, a segunda Imperatriz do Brasil.

Quando desembarcou do Rio para São Paulo, D. Pedro I ficou hospedado no Pateo do Collegio, mesmo local que dava espaço para um teatro chamado “Casa da Ópera”. Em seu retorno após o decreto, o jovem foi surpreendido com um salão cheio de pessoas que aplaudiam e gritavam “Viva o primeiro rei brasileiro”, em sua homenagem. Na mesma época em que proclamou a Independência, D. Pedro I passou a ter um relacionamento extraconjulgal com Maria Domitila. O Princípe, que até então era casado com a Imperatriz Leopoldina, deu à sua amante diversos títulos, entre eles, Marquesa de Santos. Sempre à frente do seu tempo, o Solar da Marquesa de Santos – casa que foi de Domitila entre 1834 e 1867 – foi palco para diversas festas luxuosas para pessoas importantes da sociedade na época e hoje é sede do Museu da Cidade de São Paulo, que conta com acervos sobre a trajetória da megalópole.

Inaugurada em 1912, a Praça Patriarca fica bem no centro da cidade, próximo ao Viaduto do Chá. A princípio, o lugar não aparenta ter nenhuma relação com o ocorrido, já que leva o nome de José Bonifácio de Andrada e Silva. No entanto, o que nem todos sabem é que Bonifácio foi a cabeça pensante por trás da separação entre Portugal e as terras brasileiras. Desde 1972, é possível observar uma estátua da autoridade feita de bronze e projetada por Alfredo Ceschiatti.