Pesquisa indica a situação do turismo em 65 cidades do Brasil

Nesta quarta-feira (9) foi apresentado pelo Ministério do Turismo, em parceria com o Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas, o resultando da pesquisa do Índice de Competitividade do Turismo Nacional – um indicador que permite avaliar o estágio real de desenvolvimento do turismo em cada município ou destino, entender onde as políticas de incentivo funcionaram e onde elas precisam ser repensadas. Para isso, monitora a competitividade de 65 destinos considerados indutores do desenvolvimento turístico do país. O estudo a situação de 13 categorias que compõem a atividade turística.

Sessenta e cinco destinos turísticos de Norte a Sul do Brasil receberam – entre maio e agosto de 2015 – pesquisadores capacitados para captar informações que representassem, de forma objetiva, os níveis de competitividade destas localidades nas 13 temáticas que compõem esse índice.

indice-geraA média dos 65 destinos ainda se encontra no nível 3, o que representa um estágio intermediário de desenvolvimento, porém muito próximo de alcançar o nível 4, já que 18 das 27 capitais se encontram no nível 4. Vale lembrar que é considerado nível 5, o melhor índice e em 2015, mais dois destinos alcançaram esse nível: Rio de Janeiro e Porto Alegre, se juntando a São Paulo, que continuou com o melhor resultado geral.

Curitiba permanece como o destino turístico com o maior índice alcançado na dimensão Infraestrutura geral que engloba: capacidade de atendimento médico para o turista no destino; estrutura urbana nas áreas turísticas; fornecimento de energia; serviço de proteção ao turista. A cidade também alcançou maior índice na dimensão de Políticas públicas que avalia estrutura municipal para apoio ao turismo; grau de cooperação com o governo estadual; grau de cooperação com o governo federal; planejamento para a cidade e para a atividade turística e grau de cooperação público-privada.

Quando analisadas as variáveis da dimensão Aspectos Ambientais a capital paranaense também saiu na frente quanto à estrutura e legislação municipal de meio ambiente; atividades em curso potencialmente poluidoras; rede pública de distribuição de água; rede pública de coleta e tratamento de esgoto; coleta e destinação pública de resíduos; e patrimônio natural e unidades de conservação no território municipal.

A dimensão Acesso foi avaliada por meio das seguintes variáveis: acesso aéreo; acesso rodoviário; acesso aquavi- ário; acesso ferroviário; sistema de transporte no destino e proximidade de grandes centros emissivos de turistas. Nesse quesito todas capitais se saíram bem, mas São Paulo se destacou, com 94/100 pontos. A cidade também teve o índice mais alto no quesito Serviços e equipamentos turísticos compreende as seguintes variáveis: sinalização turística; centro de atendimento ao turista; espaços para eventos; capacidade dos meios de hospedagem; capacidade do turismo receptivo; estrutura de qualificação para o turismo; e capacidade dos restaurantes.

Outra dimensão onde São Paulo obteve bons índices foi em Monitoramento que engloba pesquisas de demanda; pesquisas de oferta; sistema de estatísticas do turismo; medição dos impactos da atividade turística; e setor específico de estudos e pesquisa. O mesmo ocorreu para a dimensão Economia local. Sendo o centro econômico e comercial do país, a capital paulista obteve o maior índice quando avaliadas as variáveis: aspectos da economia local; infraestrutura de comunicação; infraestrutura e facilidades para negócios; e empreendimentos ou eventos alavancadores.

Quanto a Atrativos turísticos, a cidade que obteve o maior índice foi Foz do Iguaçu, tendo sido avaliados para esse quesito as variáveis: atrativos naturais; atrativos culturais; eventos programados; realizações técnicas, científicas ou artísticas e diversidade de atrativos e equipamentos de lazer.

O plano de marketing elaborado e executado pela Secretaria Municipal de Turismo e aprovado pelo Fórum de Governança Local do Turismo de Porto Alegre rendeu à cidade o maior índice de Marketing e Promoção de destino que avalia plano de marketing; participação em feiras e eventos; promoção do destino e estratégias de promoção digital. A cidade ainda ganhou pontos com o aplicativo digital POA App e o desenvolvimento de segmentos como Turismo Criativo e Porto Alegre LGBT. Uma outra cidade do Rio Grande do Sul que se destacou, mas na dimensão Cooperação regional foi a cidade serrana de Bento Gonçalves. Nessa dimensão são analisadas variáveis como: governança, projetos de cooperação regional, planejamento turístico regional, roteirização e promoção e apoio à comercialização de forma integrada.

O Rio de Janeiro se destacou na dimensão Capacidade empresarial, atingindo 96/100 pontos quando analisados a capacidade de qualificação e aproveitamento do pessoal local; presença de grupos nacionais ou internacionais do setor de turismo; concorrência e barreiras de entrada; e geração de negócios e empreendedorismo.

Na dimensão Aspectos sociais o maior índice ficou para a cidade de Balneário Camboriú. Nessa dimensão foram analisados acesso à educação; empregos gerados pelo turismo; uso de atrativos e equipamentos turísticos pela população; cidadania, sensibilização e participação na atividade turística; e política de enfrentamento e prevenção à exploração de crianças e adolescentes. Ao analisar a produção cultural associada ao turismo, patrimônio histórico e cultural e estrutura municipal de apoio à cultura, Salvador obteve o maior índice em Aspectos culturais.