Qual o tratamento do câncer de próstata mais adequado para ativos e passivos

Há diferentes tipo de tratamento para o câncer de próstata, mas a remoção normalmente é feita através de cirurgia (prostatectomia radical) ou radioterapia por feixe externo. Os efeitos colaterais das duas alternativas foram estudados durante anos focados apenas na população heterossexual, mas um novo estudo sugere que é preciso ficar atento quanto se trata de homens gays ou bissexuais.

“A pesquisa sobre os efeitos sexuais do câncer de próstata tem se limitado ao estudo dos impactos em ereções fortes o suficiente para a relação sexual vaginal”, explica o estudo publicado na revista Nature.

Acompanhando 154 homens gays em tratamento de câncer de próstata, os pesquisadores destacaram que os que fizeram prostatectomia apresentaram probabilidade significativamente maior de apresentar climatúria (urinar involuntariamente durante o clímax). Também apresentaram maior probabilidade de apresentar disfunção erétil relacionada ao uso de preservativos e diminuição do comprimento/circunferência peniana.

Já os que fizeram radioterapia não estavam imunes a esses efeitos colaterais, mas eram menos propensos a senti-los. Porém apresentaram maior probabilidade de sentir dor recorrente ou persistente durante a relação sexual anal receptiva.

Alertado que são necessários novos estudos para ter uma amostragem maior, a pesquisa sugere no entanto que homens ativos podem apresentar melhores resultados para a saúde sexual com radioterapia, enquanto os passivos podem apresentar menos complicações relacionadas à dor anal com a prostatectomia radical.

O estudo destaca ainda que há outros fatores, como idade, saúde geral, tamanho do tumor e estágio do câncer, que influenciam na decisão do tratamento mais adequado. Mas levanta a consideração que a saúde sexual do paciente deve ser levado em consideração quando possível.