A história viva do terremoto em Christchurch

Há quem diga que quem conheceu Christchurch após fevereiro de 2011 nunca saberá como era a cidade ao certo. De fato o dia 22/02/11 ficará marcado para sempre na história da cidade e até mesmo na Nova Zelândia. Por mais que meses antes, no dia 04 de setembro de 2010, a região de Canterbury tenha sofrido um abalo sísmico de magnitude maior (7.1 na escala ricther, que vai até 10), esse terremoto em Christchurch não causou muitos estragos na histórica cidade neozelandesa. Foi por volta do meio-dia do dia 22 de fevereiro de 2011 que um novo tremor, apesar de menor magnitude (6.3), mudou para sempre a história de Christchurch.

O primeiro terremoto em Christchurch não causou maiores estragos, por ter seu epicentro em uma área rural – mais afastada do centro da cidade -, em uma profundidade maior e de madrugada – com poucas pessoas na rua; não causando nenhuma fatalidade. Porém o evento que aconteceu em 2011 teve seu epicentro mais próximo da superfície e mais central, em um horário de grande movimento nas ruas, e simplesmente devastou a cidade. As imagens captadas logo após o tremor que durou 24 segundos mostram a magnitude do ocorrido, com uma cortina de fumaça causada pelo colapso de prédios tomando conta do céu da cidade e cenas fortíssimas de destruição e morte. Ao todo 185 pessoas morreram por conta do terremoto daquele dia, se tornando a maior tragédia na Nova Zelândia.

Exatamente sete anos depois do ocorrido estive na cidade e as marcas do terremoto em Christchurch ainda são muito visíveis por onde se passa. Talvez a imagem mais simbólica seja a da Catedral de Christchurch, que fica na praça central da cidade, e que até hoje está destruída pelos efeitos do tremor. Mas não faltam outros pontos na cidade que lembram aquele fatídico dia, incluindo um memorial com nome das vítimas dos terremotos, onde assisti a uma emocionante homenagem prestada pelos familiares e amigos no exato momento em que sete anos antes acontecera a tragédia. Para se ter ideia da importância do evento para o país, a Primeira Ministra da Nova Zelândia esteve presente a cerimônia.

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Passear pela cidade é se deparar o tempo todo com a historia do terremoto em Christchurch, já que diversos prédios ainda se encontram interditados, grandes terrenos vazios (muitos sendo ocupados por obras de arte e parques) no meio do centro da cidade lembrar que ali existiam construções, alguns prédios em escombros ainda evidentes, além da preocupação da cidade em lembrar o ocorrido; como forma de prevenção de novas catástrofes (as regras de construção no país mudaram depois da data) e homenagem às vítimas. Hoje, os turistas de uma forma ou outra farão uma espécie de roteiro do terremoto em Christchurch, já que importante pontos da cidade ficaram marcados pelo evento e outros pontos criados depois tem relação direta com o ocorrido.

Os esforços para reerguer a cidade são constantes e árduos, com previsão de finalização apenas para 2022. Mas, enquanto isso, a vida segue com certas adaptações. É o caso da Catedral, que enquanto passa por um processo de financiamento para sua completa restauração tem na Catedral de Transição, construída pelo famoso arquiteto japonês Shigeru Ban, um ponto muito visitado pelos turistas. Além claro das ruínas da Catedral de Christchurch, onde na frente uma espécie de réplica feita de plantas convida a reflexão sobre o estrago causado a cidade. Mas, o ponto mais emocionante que lembra o terremoto em Christchurch para mim porém é o 185 Empty Chairs. Essa instalação artística espalha em um terreno 185 cadeiras de modelos diferentes, todas pintadas de branco, que lembram cada uma das vítimas do terremoto de 2011.

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O comércio volta a florescer no mesmo ritmo que a cidade está sendo reconstruída, tanto que o famoso Re:Start, shopping a céu aberto construído em containers após o terremoto em Christchurch já foi desativado. Mesmo assim, não será difícil se deparar com alguma edificação destruída ou interditada quando estiver passeando pelas ruas da cidade. Tão pouco se deparar com vias fechas para as obras que acontecem para recuperar a cidade desde então.

Para entender um pouco mais do impacto do terremoto em Christchurch, conhecer a história dos tremores na região de Canterbury e ajudar no esforço de reconstrução da cidade (o valor dos ingressos é revertido para isso), foi aberto o Quake City, um museu do terremoto. Nele é possível entender melhor o que é um terremoto e porque o de 2011 foi mais devastador, ver objetos importantes da cidade que foram afetados pelo tremor, além de assistir a um vídeo emocionante sobre os sobreviventes da tragédia. Uma visita que a priore pode parecer triste, mas se faz necessária já que o terremoto em Christchurch de 2011 mudou para sempre a história desse destino.

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Nossa viagem para Christchurch contou com os apoios do Crowne Plaza ChristchurchTurismo da Nova Zelândia e do chip internacional Mysimtravel.

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