Milton Cunha e Bruno Chateaubriand dão aula sobre narrativas negras no carnaval

Personalidades do mundo do carnaval, ambos estavam no Desfile das Escolas de Samba na Cidade do Samba

Os dois estiveram na Cidade do Samba no último fim de semana Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Aconteceu no último fim de semana o Desfile das Escolas de Samba do Rio na Cidade do Samba. Além de celebrar o Dia Nacional do Samba, comemorado hoje (02/12), o evento também serviu de lançamento do álbum com os sambas de enredo do Carnaval 2025.

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Além da oportunidade de ter uma amostra do que as escolas estão preparando para o próximo carnaval e da presença de muitas personalidades desfilando ou acompanhando o evento, chamou a atenção duas falas de personalidades ligadas ao mundo do samba – Milton Cunha e Bruno Chateaubriand – falando sobre as narrativas negras do carnaval.

Em transmissão pelo youtube do evento, Milton Cunha deu uma aula ao criticar quem reclama do enredo recorrente ligado a questões da população negra e ancestralidade. “Ah tem muita macumba. Ah é sempre a África… Meu amor, é desfile da inteligência negra periférica. Quer que fale do que? Da Branca de Neve, do Donald Trump? Não, meu amor, vai falar de Clementina de Jesus, de Exu, de Laíla”, ressaltou.

Na sequência o carnavalesco destacou que Escola de Samba é negra. “Os negros produziram a maior vitrine cultural do Brasil para o mundo. Aceita que dói menos”, completou. Por fim destacou que não podemos aceitar o racismo no samba ou qualquer lugar. Confira o vídeo abaixo:

Outra personalidade ligada ao samba falou sobre o mesmo assunto. Em entrevista ao Portal Leo Dias, Bruno Chateaubriand elogiou o fato das agremiações estarem buscando enredos mais brasileiros. “É muito bonito a gente ver as escolas entendendo que a narrativa ligada ao povo negro, a africanidade são fundamentais”, declarou.

“Quando a gente fala de samba, fala no início da história do povo excluído. Das periferias, do morro do Rio de Janeiro. E quando a gente vê essa marcação de território é muito importante, porque traz ao povo do samba de verdade a representatividade que ele merece”, completou Chateaubriand. Confira a entrevista abaixo:

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