Mudanças no Facebook e Instagram permitirão que pessoas associem gays e trans a doença mental
Alterações publicadas nas Diretrizes da Comunidade da Meta atingem de forma direta questões de gênero e sexualidade
O mundo foi surpreendido ontem (07/01) com o anúncio de Mark Zuckerberg na mudança das regras da Meta para combater a desinformação e o ódio. Junto com isso mudanças foram feitas nas Diretrizes da Comunidade da empresa, documento o que é proibido nas plataformas da companhia.
A atualização cobre especialmente assuntos ligados a sexualidade e identidade de gênero. No vídeo divulgado pelo CEO da Meta o próprio já havia indicado que iria “eliminar tópicos como imigração e gênero” das diretrizes das plataformas.
Na nova versão a empresa afirma que irá permitir “acusações de anormalidades mental relacionadas a gênero ou orientação sexual, especialmente quando discutidas no contexto de debates religiosos ou políticos”. As diretrizes citam de forma nominal que questões de homossexualidade e transgenderismo são “considerados amplamente culturais e políticos”.
A Meta permitirá ainda conteúdo que defenda a limitação de gênero em empregos e ensino sobre gênero e orientação sexual quando o conteúdo for “baseado em crenças religiosas”. Permitirá ainda discussões sobre exclusão de banheiros e escolas baseados em sexualidade ou gênero.
Vale ressaltar que a OMS retirou a homossexualidade da lista de doenças em 1990. Já a exclusão de transexualidade da lista de doenças mentais aconteceu em 2018. As duas decisões continuam em vigor.
Por enquanto a mudança está valendo para os Estados Unidos e não há ainda informação se será estendida para outros países onde as plataformas da Meta funcionam.