O que deu certo e o que deu errado no Lollapalooza

Apesar de ser a 11ª edição do festival no Brasil, pela primeira vez foi organizado pela Rock World, mesma empresa do Rock in Rio e The Town. Por isso a expectativa era grande para ver se haveriam diferenças dos anos anteriores e listamos abaixo o que deu certo e o que deu errado no Lollapalooza 2024.

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O que certo no Lollapalooza

O transporte para o evento trouxe uma grande novidade. Pela primeira vez o transporte público funcionou 24 horas, um acerto já experimentado no The Town, que aconteceu também no Autódromo de Interlagos. Contudo algumas pessoas relataram superlotação e poucos trens no metrô, algo que pode ser melhorado em parceria com o poder público.

O público que foi ao Lollapalooza teve facilidade para acessar o evento até porque não foram registradas longas filas para entrar, ao contrário do que aconteceu nos primeiros dias do The Town. A dúvida ficou se foram ajustes feitos pela Rock World e/ou se o público menor registrado nesta edição do festival ajudou.

Outra novidade bastante elogiada foram os banheiros, que pela primeira vez foram do tipo contêineres (assim como no Rock in Rio e The Town) e facilitaram não só o acesso como a limpeza. Antigamente eram usados banheiros químicos.

O deslocamento no Autódromo de Interlagos ficou prejudicado pela lama (leia na parte do que deu errado no festival), mas ficou evidente que a circulação do público, que foi um dos pontos mais críticos da primeira edição do The Town, estava melhor. Um dos fatores mais importantes pra isso foi a localização dos palcos.

Apesar da chuva ter espantado o calor, a preocupação com fornecimento gratuito de água já é uma marca dos eventos da Rock World. No Lollapalooza a parceria com o principal patrocinador também forneceu squeezes que facilitou ainda mais o acesso. O acesso estava fácil.

Outro destaque positivo foi uma maior quantidade de opções de pontos de alimentos e bebidas, que diminuiu bastante as filas quando comparadas a edição do ano passado do Lollapalooza.

Também chamou atenção da nossa equipe mais pontos de lixo. Embora, infelizmente, nem todo mundo respeite, a organização teve a preocupação de colocar mais pontos e bem distribuídos em todo a área do festival.

A qualidade do som também mereceu elogios, tanto pela localização das ilhas de som que garantiam o público curtir os shows com qualidade, quanto pelo fato do som de um palco não ter atrapalhado o outro.

o que deu certo e o que deu errado no Lollapalooza
Crédito: Pedro Ambrósio

O que deu errado no Lollapalooza

A chuva foi a principal vilã dessa edição. Além do lamaçal, que inclusive viralizou nas redes sociais, os poucos pontos cobertos para o público se abrigar da chuva também foram destaque negativo. A lama atrapalhou inclusive a experiência em frente aos palcos, com bolhas de espaço livre por conta de bolsões de barro. A organização até colocou piso sobre a grama, mas em quantidade insuficiente. Não faltaram tombos do público durante os dias do festival.

O curto espaço de tempo entre os shows também precisa ser repensado. Com distância grandes entre os palcos, terreno inclinado (e ainda teve a chuva e lama), era complicado sair de um show e chegar em outro. Mesmo assim, vale destacar a pontualidade no início dos mesmo, mas talvez valha pensar em colocar um intervalo maior entre as atrações.

A má iluminação, com alguns pontos escuros, também chamou a atenção, especialmente pelo perigo com o terreno escorregadio. Algo que precisa ser melhorado nas próximas edições.

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