O que fazer por Montmartre, o bairro mais charmoso de Paris

Eu adoro Paris e para mim um dos lugares que mais gosto de ir, tanto que retorno todas as vezes que estou na cidade, é o bairro de Montmartre. Sua energia vibrante dos artistas de rua, a beleza da vista de Paris do alto, as cores das pinturas e ateliês e os sabores dos cafés, restaurante e bares fazem desse um lugar para ir conhecer sem pressa. Afinal, Montmarte é pura diversão e o bom mesmo é flanar por suas ruas estreitas observando o movimento e se sentido parte da cidade. Por isso, seguem as minahs sugestões do que fazer por Montmartre.
O famoso bairro boêmio de Paris tem esse nome em homenagem aos inúmeros mártires cristãos que foram torturados e mortos no local por volta dos anos 250. Sua ligação com a Igreja Católica permanece até hoje, já que tem como maior símbolo a Basílica de Sacré-Coeur (1). É exatamente por aqui que começaremos o nosso passeio pelo bairro. O funicular é o meio de acesso mais usado para chegar a base da igreja que fina no alto da colina, e o passeio até lá já é uma diversão com a linda vista de Paris do alto. Existe uma escada ao lado, mas o trajeto é cansativo, ainda mais que lá no alto ainda terá pela frente alguns degraus até a entrada da Igreja. São nesses degraus que muitos sentam para apreciar o sunset com a vista de Paris, e ali também se apresentam diversos artistas de rua. Uma parada quase que obrigatória e que vale ser feita sem pressa.
Construída em mármore travertino, a coloração branca da igreja se destaca ainda mais quando o sol está baixando, garantindo lindas fotos nesse horário. A basílica tem formato de uma cruz grega adornada por quatro cúpulas, incluindo a central de 80m de altura. A ideia se sua construção foi uma promessa de Alexandre Legentil caso a França sobrevivesse as investidas do exército alemão na guerra Franco-Prussiana (1870). Paul Abadie foi o arquiteto vencedor do concurso que contou com mais de 70 arquitetos inscritos, mas morreu logo após o início da obra em 1884. Muitos de seus elementos são baseados em temas nacionais, como as estátuas de Joana D’Arc e do Rei Luís IX e o sino de dezenove toneladas que refere-se a anexação de Saboia (1860). O mosaico do ápice, chamado Cristo em Majestade, é um dos maiores do mundo e o topo da igreja pode ser visitado pelos turistas, com uma das vistas mais espetaculares da cidade. A igreja fica aberta todos os dias das 06h às 22h30 e a cúpula de 09h às 18h.
Dali é partir pela lateral esquerda de quem está de frente para a Basília e observa-la de diferentes ângulos enquanto vai entrando nas ruelas da parte alta do bairro até chegar a Place du Tertre (2). Nesse caminho você já verá diversas lojinhas, bares e ateliers. Mas a praça é mesmo a região mais procurada pelos turistas que escolhem um de seus cafés/restaurantes para fazer um lanche ou uma refeição (os preços costumam ser mais caros por ser uma região turística mas vale a experiência) e apreciar os pintores que fazem seus trabalhos ali mesmo na praça.
Esses, junto ao Moluin Rouge (3) são os três pontos mais visitados da região. O cabaret que foi imortalizado em filme é o show mais turístico de Paris. Famoso por suas vedetes foi inaugurado em 1889 e seu palco já recebeu grandes estrelas mundiais como Edith Piaff, Liza Minnelli, Frank Sinata, entre outros. É preciso comprar ingressos antecipados para assistir ao espetáculo de dança e o preço é caro. Mas é um programa altamente turístico e característico de Paris.
Agora vamos as atrações menos visitadas, mas que se eu fosse você não deixava de conhecer, tanto que inclui na lista do que fazer em Montmartre. A primeira é o Le Moulin de La Gallete (4), que inspirou Renoir na obra “O Baile do Moulin de La Galette”. O local hoje é um restaurante, mas o moinho é um dos poucos remanescentes da época em que o bairro tinha vários para moer trigo. Não deixe de conhecer também a Maison Bel Air, que já abrigou artistas como Renoir, Emile Bernard e Utrillo. A casa mais antiga do bairro hoje abriga o Museu de Montmartre e foi onde Renoir pintou o baile com o moinho supracitado. Outro endereço importante é o Bateu Lavoir (5), onde Picasso fez o seu famoso quadro “Les Demoiselles d’Avignon. Bem próximo está o Muro do Je t’aime (6), na Place Jean Rictus, onde uma parede mostra como se fala “eu te amo” em 250 línguas diferentes. Aproveite para passar na Le Grenier à Pain (7), que já recebeu o prêmio de melhor baguete de Paris (o que convenhamos é uma honra e tanto!) e conheça também o Café des Deux Moulins (8), famoso por ter sido cenário do filme “O Fabuloso destino de Amélie Poulin”.
Com tanta coisa para ser vista, mais o clima agradável, essa região também é procurada por alguns turistas para ficarem hospedados. Fiz uma lista de hospedagens próximas para que você possa reservar o hotel através do link e ajudar a manter o Maior Viagem no ar, sem pagar nada mais por isso.
Fotos: Otavio Furtado e Divulgação
Leia mais:
Torre Eiffel: 126 anos encantando os turistas
Roteiro Meia Noite em Paris: As principais locações do filme
Iraci
Obrigada pelas dicas , estive ai uma vez mas pretendo voltar, um abraço fica com Deus.
Célia Nogueira
Olá, gostei muito das dicas do Maior Viagem!
Gostaria que vc desse dicas de outros bairros como por exemplo a Tour Eiffel e seus arredores, Marais…
Obrigada
Otavio Furtado
Oi Célia, tudo bem?
Já demos dicas sobre esses e outros lugares de Paris.
Basta clicar em “destinos” e procurar a cidade Paris. Irá abrir as seções sobre as quais escrevemos de cada cidade e você poderá conferir o material que já está no ar sobre a capital parisiense.