Pesquisa revela que quase metade das operadoras de turismo não venderam em março

Pesquisa realizada pela Braztoa, Associação Brasileira das Operadoras de Turismo, revela que quase metade (45%) das operadoras não realizaram nenhuma venda no mês de março. Além disso, outras 45% afirmar que as vendas não representam 10% das vendas se comparadas ao ano anterior. O mais preocupante ainda é que esses números refletem as atividades das primeiras duas semanas de março quando o mercado, apesar do bloqueio de vendas para alguns destinos internacionais, ainda se mantinha em funcionamento.

O setor de turismo deve ser um dos mais afetados com a pandemia do novo coronavírus. Em termos financeiros, cancelamentos e adiamentos de viagens somaram cerca de R$ 3,9 bilhões, ou seja, 25% do faturamento de 2019 das operadoras Braztoa. Sobre adiamento de viagens, 75% das empresas estão com adiamento superior a 50%. O bom sinal é que nos cancelamentos, 96% dessas operações tiveram acordos amigáveis entre clientes e operadoras, sem o envolvimento de órgãos como o Procon e Senacon.

Outra boa notícia é a compreensão de de fornecedores locais, já que 59% das operadoras apontam que têm conseguido negociações de alternativas ao reembolso. Já com fornecedores internacionais, que não estão vinculados às regras brasileiras, a pesquisa aponta que 40% está oferecendo alternativas ao reembolso, pouco mais de 32% está oferecendo reembolso com restrições.

O impacto já fez com que 98% das operadoras reduzissem seus custos operacionais. Mesmo assim, há um esforço em manter os seus colaboradores. Entre 29/02 e 31/03, houve um corte de 10% de funcionários. E quando questionadas sobre o mês de abril, 55% das operadoras não pretendem fazer demissões.