O que deu certo e o que deu errado no The Town

Finalizada a primeira edição do festival é hora de fazer balanço do que deu certo e o que deu errado no The Town. Nossa equipe rodou a Cidade da Música nos cinco dias do evento e acompanhou a repercussão nas redes sociais e pode conferir de perto os pontos positivos e negativos.

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>> O que deu certo!

Transporte público: Apesar de problemas no sistema de trem no primeiro dia do The Town, de uma maneira geral o transporte público funcionou e foi a melhor maneira de chegar ao evento. Segundo balanço dos organizadores, 237 mil pessoas usaram trem e metrô para chegar a Cidade da Música. Mais de 1 milhão de pessoas usaram somente a linha 9 durante os cinco dias do festival e 200 mil pessoas passaram pela estação Autódromo, segundo balanço do Governo do Estado de São Paulo.

Copos reutilizáveis: Sempre preocupada com a sustentabilidade, a Rock World avançou da reciclagem dos copos para a iniciativa do uso de copos reutilizáveis no The Town. O público entendeu bem o objetivo e a adesão de mais de 460 mil copos reutilizáveis gerou menos 10 toneladas de resíduos no festival. Apenas uma falha em alguns pontos de venda, especialmente os ambulantes, precisa ser ajustada. Alguns exigiam o uso do copo da marca da bebida servida, o que aumenta o consumo de copos indo na contramão da ideia do evento.

Internet funcionando: Um dos maiores problemas das edições do Rock in Rio, a parceria com a Vivo deu certo no The Town. Com antenas de celular espalhadas por todo autódromo de Interlagos o sinal funcionou muito bem. Nossa reportagem detectou apenas poucos momentos em que o serviço tinha uma velocidade mais lenta, mas em nenhum momento deixou de funcionar. O resultado foi nota 9.5 do público em pesquisa sobre o serviço feita pelos organizadores.

Os shows dos brasileiros: A cada edição de festival desse porte os brasileiros estão entregando mais. Diferente das atrações internacionais, que costuma trazer suas turnês, os artistas brasileiros investiram pesado e trouxeram shows inéditos pro The Town. A comprovação do sucesso é que Ludmilla, apontada por muitos como melhor show da primeira edição do evento, ficou por horas sendo o assunto mais comentado no twitter no mundo.

Lineup diverso e Bruno Mars em dose dupla: Além dos shows brasileiros, chamou a atenção no lineup do The Town a diversidade. A estreia do novo evento da Rock World apresentou uma lista extensa de artistas LGBTQIA+. Além disso, pela primeira vez trouxe um headliner em dois dias (no Rock in Rio isso aconteceu apenas quando foi preciso substituição de atração de última hora) e Bruno Mars comprovou porque valeu ser o cachê mais caro da história dos festivais.

Volume do Som: Pode parecer surpreendente isso virar ponto positivo em um festival de música. Mas, a última edição do Rock in Rio foi marcada por esse quesito, que fez os organizadores se pronunciarem a respeito explicando que as equipes dos artistas assumem o controle a cada show. No The Town porém o som estava ótimo para fazer o público curtir as apresentações.

Cenografia: O desafio de trazer um novo produto com a marca forte que já existe do Rock in Rio fez com que os organizadores investissem pesado na cenografia para gerar memória afetiva com o público local. Os diferentes ambientes que mostravam um pouco de São Paulo renderam fotos para as redes sociais e até o palco principal – Skyline – tinha a assinatura da cidade.

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>> O que deu errado!

Circulação do público: A maior dor de cabeça da primeira edição foi a circulação do público. O terreno acidentado se somou a má distribuição de palcos, stand de patrocinadores e pontos de venda de bebida e comida gerando muitos problemas para os expectadores circularem pela Cidade da Música. O principal problema foi justamente na área onde estavam os dois palcos principais – Skyline e The One. O resultado foi “superlotação” e “problema para circular” sendo as principais reclamações do site Reclame Aqui.

Posição dos palcos: Em um espaço apertado para receber a maior parte do público a posição dos palcos The One e Skyline gerou críticas. Mas não somente pela dificuldade de circular no espaço. Outro problema apontado foi que o espaço principal de shows ficava no alto de uma subida, com isso o público tinha dificuldade de enxergar já que quem estava na frente ficava mais alto por conta do terreno.

Entrada no evento: Em especial no primeiro dia do festival a entrada do público gerou muita reclamação. A dificuldade em ler o QR Code do ingresso foi apontada pela maioria dos reclamantes como o problema que gerou longas filas para acessar a Cidade da Música. Muita gente comparou ao Rock in Rio e afirmou que o espaço pequeno dos portões de entrada do Autódromo de Interlagos também contribuíram para piorar a entrada.

Transporte de ônibus exclusivo: Apesar da adesão de 210 mil pessoas, o transporte de ônibus exclusivo que funciona como um serviço confortável no Rock in Rio acumulou reclamações do público. Diferente do festival carioca, o agendamento de horário não obrigava a entrar no mesmo. Isso gerou filas longas para acessar o serviço em alguns pontos. Os ônibus usados também foram criticados nas redes sociais.

Venda antecipada de chope: A maior operação da Heineken na história de festivais em São Paulo foi complexa. O que prometia ser uma novidade em eventos da Rock World, a venda antecipada de chope por aplicativo, porém, gerou reclamações. No site Reclame Aqui a maioria falava sobre a dificuldade de leitura do aplicativo para pegar o chope comprado. Ao todo foram + de 70 mil chopes vendidos pelo aplicativo, o que comprova que o ajuste poderá fazer da iniciativa um grande sucesso.