Conhecendo Munique na Oktoberfest?
Se for a sua primeira vez em Munique, provavelmente você irá conhecer muito pouco da cidade se for na Oktoberfest. Foi o que aconteceu comigo. Mas, como o objetivo da minha viagem era reencontrar uma amiga que está morando por lá e curtir a festa nem foi um problema, apenas preciso voltar uma próxima vez.
Até é possível se desdobrar em conhecer a cidade e curtir a festa, mas durante essa época do ano Munique fique bastante cheia e circular pela cidade torna-se uma aventura. Além disso, a Oktoberfest mais tradicional da Alemanha (e a original) é tão divertida que provavelmente você irá preferir passar boa parte do seu dia no complexo que abriga a festa. Como o mesmo fica localizado numa parte mais isolada da cidade, apesar do transporte público eficiente e da cidade nem ser tão grande como eu imaginava, o seu tempo acabará sendo dividido mesmo em curtir as diversas atrações do festival de cervejas.
O festival realizado em Weins recebe sete milhões de pessoas todo ano. Ao pegar a estrada para Munique, principalmente perto do fim de semana, será fácil reconhecer alguns alemães e outros europeus que estão se deslocando para a capital da Baviera para se divertir. Além das tendas das seis cervejas da região (cada tenda pertence a uma marca de cerveja), brinquedos e barraquinhas no maior estilo das feiras do interior do Brasil divertem quem passa o dia por lá.
A origem da festa foi em 1810 para comemorar o casamento do príncipe bávaro Ludwig I. A população colocou seu traje de festa: a lederhosen (roupa típica que é utiliza até hoje por quem vai na Oktoberfest) e ficou dias comendo e bebendo para comemorar. É exatamente isso o que você irá fazer. As cervejas produzidas por lá (Augustiner, Hacker Pschorr, Hofbräu, Löwenbräu, Paulaner e Spaten) são a única opção de bebidas alcoólicas servidas dentro das tendas, mas há variedade de comida (sugiro pedir o frango com salada de batata para almoço e se deliciar de vez enquando com um pretzel para não cair de tanto beber).
Apesar do nome, o festival começa em setembro e a abertura é um espetáculo a parte, embora todo dia tenha o desfile das carruagens antigas que levam barris de cerveja das cervejarias para as tendas. Outra atração é a Oide Wiesn (única parte em que se paga para entrar), onde você poderá conhecer a Oktoberfest de antigamente. Trata-se de uma tenda única com exposição de relíquias da época, brinquedos tradicionais e muita cerveja (é claro!). Essa é a parte mais familiar de toda Oktoberfest. Mas não deixe de passar pelas escadarias da estátua da Bavária, para registrar em foto, e de passear pela roda gigante para ter uma vista do alto do tamanho da festa. Outra dica é o “Devil disc”, uma atração bem tradicional onde as pessoas tentam se equilibrar em um disco que gira conforme chamada dos organizadores (imaginem os bêbados rodando nisso!)
Se você quer aproveitar bem a festa, a sugestão é escolher dias de semana que são mais vazios (ou melhor, menos cheios). Também vale chegar cedo para garantir um lugar nas tendas das cervejas, a não ser que você tenha a sorte de ser convidado por um alemão que tenha reservado mesa (acredite, é praticamente impossível fazer reserva mesmo lá, imagina aqui pelo Brasil). Aliás, o público da Oktoberfest muda bastante ao longo do dia. Logo cedo serão muitas famílias e um clima mais calmo e menos cheio. Após o almoço começam a chegar os locais que vão almoçar por lá (as empresas costumam liberar seus funcionários nessa época para sair mais cedo do trabalho), e a noite a festa é dominada pelos mais jovens que querem mesmo é curtir.
Para jantar, ou se chegar atrasado nas tendas para o almoço, a dica é procurar as biergartens que tem perto do complexo. Será mais fácil arrumar mesa para comer e beber. Elas são das cervejarias, que também ficam próximas a Oktoberfest. Aliás, as cervejarias também são ótimas e animadas opções para comer, beber e se divertir. Além de poder conhecer realmente onde as cervejas são produzidas.
Conchita
Adorei o blog, muito sucinto e com ótimas informações.
Otavio Furtado
Que bom que gostou Conchita. Espero que leia sempre e nos conte o que mais gostou e quais lugares visitou